terça-feira, 7 de maio de 2013



24 de maio de 1944 – Desfile da Divisão Expedicionária Brasileira, no Rio de Janeiro, antes do embarque para a Europa. Capitão Tácito Theóphilo à frente do batalhão saúda a Bandeira Nacional e o Presidente Getúlio Vargas


Desfile da Divisão Expedicionária Brasileira, no Rio de Janeiro


Desfile apresentado em homenagem ao FEB no dia 07 de Setembro de 2012 na capital de Recife




Insígnia da FEB - A cobra fumou!




A insígnia da FEB é formada por uma cobra verde que está fumando um cachimbo, sobre um fundo amarelo. Em cima da figura da cobra está escrito BRASIL em branco sobre um fundo azul. O contorno do emblema é em vermelho (na insígnia original não havia a inscrição FEB como na apresentada acima). O significado de tudo isso: o fundo amarelo, a cobra verde, as letras brancas e o o fundo do letreiro em azul, representam as cores da bandeira; a borda vermelha significa a guerra. A cobra fumando foi o símbolo escolhido em resposta a um repórter carioca que dizia " é mais fácil a cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra"

O que foi a FEB?

Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi a força militar brasileira de 25.334 homens que foi responsável pela participação brasileira ao lado dos Aliados na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria, acabou por abranger todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que era "mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".

Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do presidente Getúlio Vargas de não se definir por nenhuma dasgrandes potências, somente tentando se aproveitar das vantagens oferecidas por elas. Tal "pragmatismo" foi interrompido no início de 1942, quando os Estados Unidosconvenceram o governo brasileiro a ceder a ilha de Fernando de Noronha e a costa nordestina brasileira para o recebimento de suas bases militares. Os EUA tinham planos para invadir o nordeste, caso o governo Vargas insistisse em manter o Brasil neutro.
A partir de janeiro do mesmo ano começa uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos ítalo-alemães na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio Adolf Hitler, que visava isolar o Reino Unido, impedindo-o de receber os suprimentos (equipamentos, armas e matéria-prima) exportados docontinente americano, como consta nos diários de Joseph Goebbels. Estes suprimentos eram vitais para o esforço de guerra aliado, que a partir de 1942, pelo Atlântico norte, se destinavam principalmente à então União Soviética.
Tinha também por objetivo a ofensiva submarina do eixo em águas brasileiras intimidar o governo do Brasil a se manter na neutralidade, ao mesmo tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros, pejorativamente denominados pela população pela alcunha de Quinta coluna, espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos anglo-americanos interessados em que o país entrasse no conflito do lado aliado.
No entanto, a opinião pública não se deixou confundir. Comovida pelas mortes de civis e instigada também pelos pronunciamentos provocativos e arrogantes, emitidos pela Rádio de Berlim, passou a exigir que o Brasil reconhecesse o estado de beligerância com os países do eixo. O que só foi oficializado em 22 de agosto do mesmo ano, quando foi declarada guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista. Após a declaração de guerra, diante da contínua passividade do então governo, a mesma opinião pública passa a se mobilizar para o envio à Europa de uma força expedicionária como contribuição à derrota do fascismo.
Embora o Brasil já tivesse declarado guerra, estava despreparado para a natureza fluida daquele conflito. A Aeronáutica estava apenas começando a se modernizar, com a aquisição de aviões de fabricação americana. A Marinha tinha uma série de embarcações obsoletas, pouco aptas á guerra submarina de então (modalidade de combate ao qual mesmo as modernas marinhas britânica, americana e soviética só se adequariam a partir do final de 1942, início de 1943). Além de igualmente mal-equipado, o Exército carregava ainda uma filosofia elitista arcaica e focada em reprimir movimentos políticos internos que pouco havia mudado desde o século XIX e que levara ao fracasso a tentativa de modernizar seus métodos de treinamento para o combate externo e filosofia de ação, entre o final da década de 1910 e o início da década de 1920, tentativa esta trazida por uma missão contatada ao exército francês.
Os brasileiros constituíam uma das vinte divisões aliadas presentes na frente italiana naquele momento, uma verdadeira torre de Babel, constituída por norte-americanos (incluindo as tropas segregadas da 92ª divisão e do 442º regimento, ambas unidades de infantaria formadas respectivamente por afro-descendentes e nipo-descendentes, comandadas por oficiais brancos), italianos antifascistas, exilados europeus (poloneses, tchecos e gregos), tropas coloniais britânicas (canadenses, neozelandeses, australianos, sul-africanos, indianos, quenianos, judeus e árabes) e francesas (marroquinos, argelinos e senegaleses), em uma diversidade étnica que muito se assemelhava à da frente francesa em 1918.
A FEB foi integrada ao IV corpo do exército americano , sob o comando do general Willis D. Crittenberger, este por sua vez adscrito ao V exército dos Estados Unidos, comandado pelo general Mark W. Clark.

Uniformes da Força Expedicionária Brasileira (FEB)










Armas usadas pelo exército brasileiro

Todas as armas utilizadas pela FEB na Itália eram de procedência norte-americana, substituindo as de fabricação francesa, alemã e tcheca que eram usadas até então pelo Exército Brasileiro. O fuzil-metralhadora Hotchkiss foi substituído pelo fuzil-metralhadora Browning (conhecido no exército norte-americano como BER, sigla de Browning Automatic Rifle). Outras armas recebidas foram as submetralhadoras Thompson e M3, algumas submetralhadoras inglesas Sten e as carabinas M1, de calibre ponto 30.
Houve certa decepção por parte dos brasileiros quando receberam as armas de procedência norte-americana: havia poucos fuzis M1 Garand, modelo que era de uso comum entre as unidades norte-americanas de infantaria. Assim, a maioria dos brasileiros seguiu para o combate com fuzis Springfield 1903 A3, modelo que datava de antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Durante as batalhas, alguns brasileiros obtiveram fuzis M1 Garand que pertenciam a colegas norte-americanos mortos ou feridos.

Fuzil-Metralhadora Browning

A Browning Automatic Rifle (BAR) foi uma família de espingardas automáticas dos Estados Unidos (ou rifles automáticos) e metralhadoras leves utilizados pelos Estados Unidos e vários outros países durante o século 20. O BAR foi concebido para ser transportado por soldados de infantaria avançavam, pendurada no ombro ou disparado a partir do quadril, um conceito chamado "andar atirando", necessário para o soldado durante a guerra de trincheiras. No entanto, na prática, foi mais frequentemente usado como uma metralhadora leve e disparado de um bipé (introduzida em modelos posteriores).

Submetralhadora Thompson 
Thompson representa uma família de submetralhadoras dos Estados Unidos da América.Geralmente usada por oficiais e sargentos, a Thompson foi a submetralhadora padrão do exército americano e também foi usada pelos Ingleses em África. No entanto, tinha um coice forte, o que dava uma certa desvantagem em relação à sua rival MP40/I. Chegou a ser modestamente utilizada na guerra do Vietnam. Sua munição era o .45 ACP.

Submetralhadora M3
M3 (1942) foi uma pistola-metralhadora desenvolvida pelos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial como uma substituta mais barata para a Tommy Gun. Devido ao seu formato recebeu o apelido de "Pistola de Graxa" (em Inglês "Grease Gun"). Foi desenvolvida para um custo baixo de produção.

Submetralhadora Sten
Sten Gun, ou simplesmente Sten, foi uma submetralhadora/pistola-metralhadora desenvolvida para o Exército Britânicocomo arma de emergência, no início da Segunda Guerra Mundial. A Sten, classificada oficialmente como machine carbine (carabina metralhadora), foi projectada como uma arma barata e fácil de fabricar para poder ser produzida em larga escala.Apesar de seus defeitos a Sten Gun foi uma das armas mais formidáveis utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial, de grande influência no resultado do conflito. No pós guerra continuou em uso pelo exército britânico até ser substituída pela Submetralhadora Sterling.


Carabina M1


Durante a segunda guerra tropas americanas sentiram a necessidade de uma arma que fosse menor e mais leve que seu fuzil padrão,o m1 garand,e mais poderosa que sua pistola colt M1911A1 .45 .O resultado foi o m1 carbine,feito especialmente para tripulações de blindados e aviões,entre outros casos em que era nessessário carregar uma aror tropas regulares.Ele atendeu muito bem as especificações para qual foi construído,era leve,preciso e compacto.

Fuzil Springfield 1903 A3
Na Segunda Guerra Mundial, serviu aos EUA como arma de precisão pelos franco-atiradores americanos. Sua eficácia era indiscutível, tanto que a FEB, durante a campanha na Itália, equipou todos os soldados com o Springfield, à exceção dos sargentos, que eram equipados com o M1 Garand.

Charge: Tu é Vasco?


A Cruz de Ferro  (em alemão Eisernes Kreuz) foi uma condecoração militar do Reino da Prússia, e posteriormente do Império Alemão, do Terceiro Reich e da atual Alemanha, instituída pelo rei Frederico Guilherme III e concedida pela primeira vez em 10 de março de 1813 emBreslau.
Foi de grande Honraria militar, instítuida nas Guerras Napoleônicas, reinstituída do Império Alemão, sendo entregue em guerras importantes como na Guerra Franco-Prussiana e na Primeira Guerra Mundial. Só voltou a ser usada na Segunda Guerra Mundial sob o Terceiro Reich Alemão.
A cruz de ferro não é atribuída desde maio de 1945 e é uma condecoração exclusiva de tempos de guerra.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Soldado Honrado - Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira - Biografia


Amaro Felicíssimo da Silveira nasceu dia 4 de maio de 1914 e faleceu em combate em Gaggio Montano,Itália, no dia 20 de novembro de 1944.

Combateu com o Esquadrão de Reconhecimento da FEB, durante a Segunda Guerra Mundial. Tombou em cumprimento do dever comandando uma patrulha, na região de Montilloco nas encostas do maciço Belvedere La Torraccia a 20 de Novembro de 1944.
O Decreto Nº 20.060, de 17 de agosto de 1949 dá a denominação de “Esquadrão Tenente Amaro” ao 1º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado, em consideração às destacadas ações militares realizadas nos campos da Itália e em memória ao 2º Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira.
No dia 20 de novembro de 1944 ele foi incumbido de fazer a sua primeira patrulha. Às 3 horas da tarde partiu de Gaggio Montano, uma linda e singular aldeia, com uma espécie de penedo no meio, que os homens do Esquadrão tinham ocupado na véspera. Um pouco acima, em Montilocco, divisou uma casa onde, de acordo com informações dos “partigiani” deveria haver nazistas. Amaro dispôs os seus homens e avançou até cerca de 50 metros da casa. A patrulha foi então alvejada por fogo de armas automáticas. O tenente deslocou-se um pouco para a direita, em companhia dos cabos Alzemiro Nunes e Dorcelino da Silva. Ia se abrigar atrás de uma árvore quando foi atingido por uma rajada, e caiu.

A princípio o sargento Jesus Campos, que estava com alguns homens um pouco mais a direita, julgou que o tenente houvesse deitado para se abrigar. Como porém ele não desse nenhum sinal, mandou até lá um homem. Esse homem foi o bagageiro do tenente, o soldado Vicente Bernardino de Souza. (“Sei que Vicente estará ao meu lado na hora de maior perigo”, escrevera dias antes o tenente em seu diário”).
Vicente deu um lance e se aproximou do tenente, vendo então que ele estava morto. Quis puxar o seu corpo, mas os alemães abriram fogo novamente. Depois de algumas tentativas, e verificando que o tenente estava mesmo morto, Vicente retirou-se, entre rajadas de metralhadora.

E pouco depois o sargento Jesus dava ordem de retrair. A patrulha cumprira sua missão, mas perdera o seu comandante.



Senta a Pua! - Esquadrão de aviação brasileiro

Criado em 18 de dezembro de 1943 sob o decreto nº 6.123, assinado pelo então Presidente Getúlio Vargas, o 1º Grupo de Aviação de Caça (Senta a Pua!)
A unidade tinha como Comandante em 27 de dezembro de 1493 o Major Nero Moura, a partir dai foi aberto o voluntariado na FAB para constituição do pessoal que iria lutar em campos de batalha na Itália.

Após a chegada do comandante todos foram para a Base Aérea de Aguadulce, onde iniciaram o treinamento como unidade (terra – ar) com os caças P-40. Nessa base no dia 11 de maio de 1944 o grupo começou a fazer missões de defesa do Canal do Panamá, foram feita cerca de cem (100) saídas em missões de interceptação.
Em 22 de Junho de 1944 terminado o curso de Caça em Aguadulce, o grupo foi até Albrook em via terrestre, embarcando dia 27 de julho de 1944 as 12 horas em um navio de transporte americano que os levou ao porto de Nova York, desembarcando  no dia 04 de julho de 1944. Seguindo em barcaças pelo rio Hudson até o Camp Shank, ali permaneceram 48 horas de Quarentena, na Manhã do dia 16 o contingente partiu em um trem até Suffolk, Long Island.
Em Suffolk foram apresentados ao P-47-Thunderbolt, esse caça na época éra o que mais de moderno tinha a USAF, e marcou época no Teatro de Operações da Europa e Pacifico.
Foram feitos os mesmos treinamentos no P-47 que os realizados no P-40.
Em 18 de setembro de 1944 as 18hrs30min a unidade embarcou no navio UST Colombie com destino a Itália, chegando no porto de Livorno em 06 de outubro de 1944, partindo imediatamente para a Base Aérea de Tarquinia.
Após os primeiros dias gastos na Base com a instalação do acampamento, armando barracas de lona, foi passado o controle operacional ao 350th Fighter Group, operando com a denominação 1st Brazilian Fighter Squadron.
O Senta a Pua iniciou as operações em 31 de outubro de 1944.